sexta-feira, 15 de novembro de 2013

No Vaticano nada de novo... (ou tudo).

A notícia, embora possa ‘chocar’, não traz novidade nenhuma, nem é surpresa para muitos.
É por demais sabido e discutido, por muitos criticado, o mundo secreto da Cúria do Vaticano, a complexidade e a teia dos corredores do poder na Igreja, o tráfico de influências e de capitais que circula para além das colunatas da Praça de S. Pedro.
Se recuarmos algumas décadas (1978), encontraremos eco desta realidade bem antiga, no desfecho do curtíssimo e polémico pontificado de João Paulo I. Apesar das inúmeras teorias da conspiração que normalmente acompanham estes processos, importa referenciar o trabalho de investigação (sem ficção) plasmado na obra “Em Nome de Deus”, do jornalista David Yallop.
Deste modo, quando olhamos para o título do Diário de Notícias, da edição do dia 13 de novembro, (“Procurador [italiano] adverte que máfia pode tentar matar o Papa”) nada nos surpreende, mesmo que possa causar alguma apreensão.
Olhando para o que tem sido, desde a sua eleição até à data, este pontificado do Papa Francisco, por mais estranho que possa parecer, não serão este tipo de “alarmes” que irão condicionar as acções e a forma de estar e ser do “Papa que veio do fim do mundo”.
Esta é a “imagem” do Papa Francisco, o Papa que, após João XXIII, tem todas as condições para marcar um pontificado único e um ponto de viragem na missão da Igreja no mundo. Não serão as “pressões externas” que demoverão o Jesuíta e até há pouco tempo Cardeal Jorge Mario Bergoglio dos seus objectivos. Mais receosas serão as "pressões internas"...

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